Informes dos atos da última semana

Seguem os informes das mobilizações às quais o MPL São Paulo se somou na última semana.

Reforçamos, nesses atos, que o transporte é parte de uma luta mais ampla: pelo direito à cidade da cidade. São os trabalhadores que constroem a cidade e a fazem funcionar, mas hoje não tem direito de usufruir dela: a catraca impede o acesso ao transporte; os despejos e remoções, enchentes e incêndios criminosos tiram a moradia. É preciso retomar a cidade, e isso significa lutar não só por um transporte verdadeiramente público – sem tarifa e fora da iniciativa privada -, mas também por moradia, saúde, educação, cultura, contra a repressão!

  • 01/07: Ato contra o aumento no ABC

A manifestação contra o aumento da tarifa realizada em São Bernardo do Campo na segunda-feira, dia 01/07, reuniu mais de 3 mil pessoas que bloquearam a Via Anchieta, mas terminou violentamente reprimida pela Polícia Militar. Um motorista dirigindo um Fiesta Azul atirou pelo menos duas vezes contra os manifestantes e fugiu. Um jovem de 18 anos foi atingindo no braço. A OAB tenta identificar o autor para que responda por tentativa de homicídio.

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A luta no ABC continua. Na sexta-feira, o coletivo de rearticulação do Movimento Passe Livre na região marcou uma aula pública com participação do Lúcio Gregori e de um militante do MPL São Paulo. Leia mais clicando aqui.

  • 02/07: Ato contra as remoções na Zona Leste

Na terça-feira, cerca de 80 pessoas se reuniram em frente à estação Itaim Paulista da CPTM para protestar contra as remoções no Jd. Pantanal, Chácara 3 Meninas e Vila Itaim, zona leste. Há anos resistindo às enchentes criminosas, repressão e criminalizações, os moradores da várzea do Rio Tietê seguem defendendo e lutando por seu direito à moradia. O ato foi organizado pelo MULP – Movimento de Urbanização e Legalização do Pantanal, Movimento Terra Livre e outros grupos. Além da moradia, foi levantada a reivindicação da Tarifa Zero nos transportes coletivos e a crítica aos gastos com a Copa do Mundo. Reportagem da mobilização:

  • 03/07: Ato em defesa da Ocupação Margarida Maria Alves (Luz)

Desde a semana anterior, a Prefeitura ameaçava jogar na rua as mais 60 famílias que vivem na Ocupação, alegando “falta de segurança” do edifício. Mas decididos a não abrir mão de seu direito à moradia e conhecendo os interesses em disputa no prédio (antiga sede do projeto Nova Luz da gestão Kassab, havia sido doado para o Instituto Lula e nele seria instalado o “Museu da Democracia”) e na região (o avanço da especulação imobiliária sobre a Luz), os moradores se mobilizaram. Pela manhã do dia 03/07, em marcha organizada pelo MMRC – Movimento de Moradia da Região Centro, cerca de 200 moradores e apoiadores da Ocupação Margarida Maria Alves se reuniram na Luz e seguiram até a a Prefeitura, embalados pelos batuques rebeldes da Fanfarra do MAL.

Ocupação de prédio no centro de SP

Reportagem da manifestação:

  • 03/07: Ato “Da Copa eu abro mão”

No fim da tarde de quarta, movimentos sociais, entidades sindicais, setores do movimento estudantil e outras organizações se reuniram na avenida Paulista para denunciar os gastos com a Copa do Mundo e exigir moradia digna, transporte público com tarifa zero, saúde e educação de qualidade, e dizer basta à repressão e à política de extermínio da Polícia Militar nas periferias. Cerca de 3 mil pessoas se concentraram na praça Oswaldo Cruz, de onde seguiram em direção ao escritório da Presidência da República, e lá foi entregue uma carta de reivindicações. O MPL São Paulo esteve presente nas ruas, e junto e misturado da Fanfarra do MAL, bateria combativa e autônoma, que tocava com os militantes dos acampamentos do MTST. Fotos (por Rafael Tsvakko):

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  • 04/07: Ato em prol da Favela do Moinho

Na quinta-feira, cerca de 300 pessoas, dentre elas moradores e apoiadores, se reuniram em frente à Favela do Moinho e seguiram em marcha até a Prefeitura para exigir que a Prefeitura cumpra aquilo que foi prometido na última eleição: posse dos moradores e urbanização da comunidade, e não a “erradicação da favela”, como já falam hoje os gestores. Além da grande participação dos moradores, que pintaram faixas, apresentaram raps e funks e projetaram os filmes da campanha eleitoral na parede do prédio da Prefeitura, o ato foi marcado pela forte presença de apoiadores solidários à comunidade, dentre eles coletivos como o Movimento Hip Hop Organizado MH2O, Família DUCORRE, Comboio, Creche do Moinho, MPL São Paulo, Movimento Mães de Maio, Fanfarra do M.A.L., Coro de Cárcaras, Cordão da Mentira, Coletivo Zagaia, Mutirão Cultural da Quebrada, Rede dois de Outubro, Instituto Práxis, Passa Palavra, Peabirú, Sarau do Binho, Sarau Perifatividade, Rede Extremo Sul, Periferia Ativa e Ocupa/Acampa Sampa. Só com união e solidariedade vamos avançar nas nossas lutas!

Leia aqui o relato do ato publicado no site Passa Palavra.

Vídeo-relato do ato feito pelos companheiros da ADVP – Ação Direta de Vídeo Popular:

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Toda força pra quem luta! Por uma vida sem catracas!