Ocupações do Grajaú protestam em frente à Prefeitura

Na manhã desta segunda-feira, cerca de 300 pessoas, moradores e apoiadores das ocupações Jardim da Luta e Recanto da Vitória, ambas situadas no distrito do Grajaú (no Jd. Gaivotas e no Jd. Lucélia), realizaram um protesto em frente à Prefeitura de São Paulo. Os manifestantes trancaram as entradas do Viaduto do Chá nos dois sentidos por cerca de 2 horas e escreveram palavras de ordem no asfalto: “Moradia já! Periferia luta!”. Em seguida, foi protocolado e lido um documento exigindo que os terrenos ocupados sejam destinados à moradia para atender a necessidade das famílias ocupantes.

Essas ocupações surgiram no início de agosto, em uma onda na qual mais de 20 terrenos abandonados foram ocupados pela população no Grajaú, numa verdadeira resposta popular a vários anos de violentos despejos na região, que tiram as casas das famílias e geram um aumento no preço dos aluguéis. Milhares de pessoas agora vem tomando áreas até então vazias (que só servem para a especulação imobiliária) e construindo ali suas moradias. Sem nenhuma notícia na mídia, esse movimento “espontâneo” – assim chamado porque tem sido feito pelas próprias pessoas, de forma autônoma – mostra que o povo não depende de ninguém para resolver seus próprios problemas. Se em Junho a população lutou e conseguiu impedir o aumento da passagem, agora ela sabe que lutando pode conquistar muito mais. No Grajaú, o povo está efetivando na prática seu direito à moradia, historicamente negado pelo Estado.

O MPL se somou no ato e segue em apoio total à luta das ocupações no Grajaú! Contra as catracas, contra os despejos, nossas lutas caminham lado a lado!

Leia mais sobre o ato no site da Rede Extremo Sul, movimento popular autônomo da região, clicando aqui. Leia outra notícia do ato aqui.

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3 Replies to “Ocupações do Grajaú protestam em frente à Prefeitura”

  1. Pingback: Movimento Passe Livre – São Paulo » Blog Archive » Do Grajaú à Itapevi, toda força à luta por moradia!

  2. Sem controlar diretamente o Estado, de preferencia por intermédio de conselhos populares de bairro, associações de trabalhadores e estudantes dentro de uma luta partidária coerente com o desejo das massas as lutas serão longas e os ganhos lentos demais. Não se trata de impaciência ou pressa, se trata de novas estrategias que precisam ser postas em prática no momento oportuno.