A MORTE POR COVID TEM CEP E OCUPAÇÃO

Pro estado, algumas vidas são mais vidas do que outras. A distribuição das mortes e contágios pelo corona vírus em São Paulo e no resto do país evidenciam que a parte da população que sofre mais com a pandemia é aquela que sofre sempre. Não tivemos um plano emergencial efetivo para o transporte coletivo. Quem não pode fazer quarentena e precisou continuar se deslocando pela cidade teve que enfrentar vagões e ônibus cheios, principalmente saindo das periferias. A retomada das atividades e o “novo normal” que querem os de cima é só mais uma forma de genocidio. E os alvos desse projeto de extermínio tem cor, endereço e ocupações específicas. Nossas vidas valem mais que qualquer ordem econômica!

A Tarifa Zero nas eleições municipais e fora delas: uma pauta urgente, possível e construída desde baixo

Destaque

A lotação dos ônibus, trens e metrôs em plena pandemia reforça a urgência de se rever o atual modelo de funcionamento desse serviço essencial que é o transporte coletivo. No atual modelo, as empresas recebem por catraca rodada e não pelo custo das viagens. Isso significa que quanto mais lotação – e maior o risco de transmissão de doenças – maior o lucro. É por isso que, com a diminuição no número de pessoas circulando, as empresas pressionaram os governos a reduzirem as frotas e a relaxarem as medidas de distanciamento social (1). É um modelo violento: a catraca rodada vale mais do que as nossas vidas. .Mas um transporte verdadeiramente público é possível. Um transporte que realmente sirva às nossas necessidades e em que todo mundo possa circular com dignidade e segurança. A solução pra isso é algo que gritamos nas ruas há anos: Tarifa Zero já! (2) .Se, hoje, a Tarifa Zero parece um horizonte muito mais possível, é graças às conquistas da luta popular por transporte, contra a tarifa e seus aumentos. O número de cidades com Tarifa Zero no Brasil e no mundo vem crescendo e, em 2015, como reflexo da revolta popular de junho de Continue lendo A Tarifa Zero nas eleições municipais e fora delas: uma pauta urgente, possível e construída desde baixo

Do Navio Negreiro às Catracas

O transporte, que deveria servir para aproximar as pessoas, permitir encontros e a apropriação da cidade em que se vive, tem funcionado como um perverso sistema de reprodução e aprofundamento de opressões. Não é à toa que dizemos que todo vagão ou ônibus tem muito de navio negreiro. Na verdade, bem antes dos ônibus, metrôs e trens, o primeiro transporte de massas que tivemos no Brasil foi feito pelos navios que traziam pessoas africanas escravizadas para trabalhar na colônia. As condições violentas em que eram trazidas mostram que eram vistas como simples mercadorias: quanto mais gente pudesse ser espremida no navio, maiores os rendimentos para os traficantes de escravos. Hoje, a maior parte das pessoas que dependem do transporte coletivo pra ir e voltar do trabalho são negras ou não-brancas, mulheres e periféricas. E as condições em que essas viagens acontecem são extremamente precárias. O custo da tarifa, as grandes distâncias, o longo tempo perdido, a lotação, as baldeações, a falta de manutenção dos veículos e trens, a falta de linhas de ônibus… tudo isso são consequências de um transporte que não trata os usuários como pessoas, mas como números. Isso revela que são impostas condições diferentes de mobilidade e Continue lendo Do Navio Negreiro às Catracas

VAMOS PRA TERCEIRA MANIFESTAÇÃO CONTRA O AUMENTO!

Não vamos pagar cada vez mais, pra circular cada vez menos. Organize-se. catraque, não pague! >>>TERCEIRA MANIFESTAÇÃO CONTRA O AUMENTO: ~quando? 16.jan.2020, quinta concentração a partir das 17h saída 18h ~onde? no Teatro Munical #4e40NãoDá #CatraqueNãoPague ……………… >>> Quer saber mais informações? Quer somar na luta com nois? Entre em contato com a gente!

NOTA SOBRE A SEGUNDA MANIFESTAÇÃO CONTRA O AUMENTO: 4,40 NÃO DÁ!

Hoje, o ato se iniciou na Praça da Sé e os/as manifestantes deram o recado pra Doria e Covas: não vamos pagar tarifa pra voltar pra casa! Com muita empolgação e apoio popular, centenas de manifestantes seguiram rumo à Estação República do Metrô. No caminho, queimaram uma catraca na frente da Secretaria de Transportes pra dizer que não vamos aceitar mais um aumento e ainda centenas de cortes de linhas de ônibus. O ato foi crescendo e, quando chegou na frente da Estação República, avisou: se não liberar a catraca, não vamos liberar a rua. LIBERA A CATRACA! Qual foi a reposta da polícia de João Doria e Bruno Covas? Bombas, gás e agressões na população trabalhadora – inclusive crianças e idosos – que tentavam voltar pra casa e estavam dentro e fora da estação!!! Toda essa violência contra os/as de baixo só pra defender as catracas dos de cima. Não arredamos. Seguimos para a Estação Anhangabaú pra tentar voltar pra casa. Mas a polícia fechou a estação por mais de uma hora (!) impedindo o nosso direito de ir e vir. E de novo, a PM deteve 2 manifestantes, ferindo o direito à manifestação. Ninguém fica pra trás! Não Continue lendo NOTA SOBRE A SEGUNDA MANIFESTAÇÃO CONTRA O AUMENTO: 4,40 NÃO DÁ!