Passe Livre SP Mulheres: 4) violência de gênero no transporte
Historicamente, a circulação das mulheres na cidade é limitada e impedida, ficando aprisionadas e sob a guarda dos homens – pais, irmãos, maridos – seja por dependência financeira ou por outras violações. O confinamento à casa e isolamento das mulheres – a distância da família, amigas e amigos e de outros espaços onde se pode, por exemplo, buscar ajuda para enfrentar violências domésticas – são agravados pela lógica de transporte que temos. O acesso ao transporte depende de dinheiro e os homens são aqueles que detém o poder financeiro em muitas famílias. Mesmo quando as mulheres são as maiores responsáveis pelas famílias, inclusive financeiramente, a estutura patriarcal (em que o poder é do homem) define os lugares onde as mulheres devem circular (mercado, escola, casa, trabalho), com quem circulam e os horários em que isso é permitido. Esse controle externo sobre as vidas e corpos das mullheres justifica e facilita agressões e até mesmo mortes (3). Simplesmente pelo fato se sermos mulheres, a cultura machista, cultura do esturpro, trata nossos corpos como objetos à disposição dos homens. Essa situação impacta nosso cotidiano também no transporte “público”. Nos vagões e nos ônibus, muitos homens que se aproveitam do aperto e da Continue lendo Passe Livre SP Mulheres: 4) violência de gênero no transporte