Nota de Apoio do MPL – SP à luta dos Garis do Rio de Janeiro

Em fevereiro de 2014, os companheiros garis do Rio de Janeiro iniciaram uma greve histórica, exigindo seus direitos frente a Companhia Municipal de Limpeza Urbana – COMLURB. Além do descaso da Empresa, os companheiros contavam com mais um obstáculo: um sindicato burocrata e completamente cooptado pelos gerentes e patrões, que fazia de tudo para conter a indignação dos trabalhadores e trabalhadoras. Dessa forma, os Garis romperam com a burocracia sindical e foram às ruas peitar a Prefeitura e mostrar pro Rio de Janeiro e pro Brasil que a luta do povo é de baixo pra cima, é nóis por nóis! Esta greve foi histórica tanto pela suas formas de organização (autônoma, sem partidos e horizontal) quanto pelas suas ações: foram dias de greve e protestos em meio ao Carnaval, e o lixo se acumulava cada dia mais, mostrando na prática a importância fundamental do seu trabalho! Sem os garis o Rio de Janeiro NÃO continua lindo. Aproximadamente um ano depois, a COMLURB tem a cara de pau de não cumprir os acordos realizados em 2014. Dentre os vários absurdos, a empresa está descumprindo o pagamento do décimo quarto salário para aquelxs que alcançam as metas de trabalho, chegando inclusive a excluir Continue lendo Nota de Apoio do MPL – SP à luta dos Garis do Rio de Janeiro

NOTA DAS MULHERES DO MOVIMENTO PASSE LIVRE A RESPEITO DO ESTUPRO NO METRÔ REPÚBLICA

“Não se consumou o roubo do cofre. É importante que isso seja colocado para mostrar que há segurança onde se guarda os valores no Metrô”,afirmou o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Nas ultimas semanas os jornais noticiaram que uma mulher foi estuprada em um dos pontos mais movimentados da cidade de São Paulo. A garota de dezoito anos trabalhava em uma cabine de recarregamento de bilhetes de transporte na estação República do Metrô e estava saindo do trabalho. Nesta estação circulam centenas de pessoas que embarcam diariamente em duas das linhas mais movimentadas da cidade. Os valores da tarifa que excluem milhares de pessoas do acesso à cidade estavam protegidas. As trabalhadoras, não. O estupro aconteceu no dia 02 de abril, mas foi noticiado nos jornais apenas no dia 06, depois da denúncia de outrxs trabalhadorxs, que afirmam que o Metrô tentou abafar o caso. O absurdo de uma mulher ser estuprada dentro de seu espaço de trabalho, teoricamente seguro, já é o suficiente para evidenciar o quanto nossa sociedade oprime a mulher: a cultura do estupro e do medo, a falta de segurança no espaço de trabalho, a falta de distinção entre o corpo privado e Continue lendo NOTA DAS MULHERES DO MOVIMENTO PASSE LIVRE A RESPEITO DO ESTUPRO NO METRÔ REPÚBLICA

Repressão e revolta na Avenida São João

SOBRE A REPRESSÃO E A REVOLTA NA AVENIDA SÃO JOÃO Na última terça-feira, dia 16 de setembro, o centro da cidade de São Paulo tornou-se mais uma vez palco da violência da Polícia Militar. Durante a reintegração de posse de uma ocupação dos movimentos FLM, MSTC e MSTRU na Avenida São João, a polícia reprimiu moradores, manifestantes e mesmo aqueles que simplesmente passavam pela rua, dentre eles crianças, idosos e mulheres grávidas. Ao longo do dia, a PM realizou diversas prisões ilegais para “averiguação”, detendo participantes da ocupação e pessoas que não estavam envolvidas, e, não por acaso, moradores de rua. O prédio do antigo Hotel Aquarius, ocupado desde fevereiro, estava há 10 anos abandonado. A Justiça autorizou a reintegração de posse a pedido do proprietário e negou, assim, o direito à moradia aos legítimos moradores do imóvel. Como esse prédio, há diversos outros abandonados no centro da cidade, que poderiam servir de teto às milhares de pessoas que trabalham na região e gastam horas para voltar para casa. Sem contar aqueles que, sem dinheiro para o transporte, acabam dormindo na rua. Para os que mandam na cidade, pobre no centro só interessa na hora de trabalhar. Tratando-se de moradia Continue lendo Repressão e revolta na Avenida São João

Ninguém vai ficar para trás! Pela reintegração imediata dos metroviários demitidos por lutar!

Todo dia, a gente tem que se espremer em filas gigantes nas catracas e nos vagões apertados do metrô lotado. Cada dia levantamos mais cedo e chegamos mais tarde em casa, e esse sufoco ainda custa R$6,00. Agora, os poucos trabalhadores que nos levam de um lado para o outro da cidade estão lutando por um transporte menos humilhante, para eles e para nós.Quando apresentaram suas reivindicações para a direção do Metrô e o governador, a maior preocupação dos metroviários era não prejudicar a população. Foram duas semanas em “estado de greve”, pressionando o governo com ações como trabalhar sem uniforme,entregar cartas abertas para a população, organizar conversas entre usuários e metroviários. Mas Alckmin não quis negociar, alegou que era um absurdo os trabalhadores exigirem melhores condições de trabalho, remuneração maior (já que exercem 5 funções e recebem por uma)e mais funcionários. Diante disto não havia outra solução senão a greve. Mas como trabalhador sabe como outro trabalhador pode ser prejudicado, os metroviários até mesmo ofereceram trabalhar normalmente e de graça, desde que o Estado aceitasse a catraca livre durante a greve. Mais uma ves, demonstrando que nós, os de baixo, não somos sua real preocupação, o governador recusou a Continue lendo Ninguém vai ficar para trás! Pela reintegração imediata dos metroviários demitidos por lutar!